30 de mar. de 2010

Toda a atenção voltada para a China!

Imagem: Portal Imprensa


A reportagem publicada na Revista Imprensa, edi
ção março de 2010, faz um retrato da atual encruzilhada chinesa: de um lado um gigante no mercado internacional e de outro um país que ainda mantém a mídia amordaçada. O assunto foi tratado minuciosamente e apresenta um completo trabalho de campo na produção da matéria. A China é um assunto amplamente divulgado pela mídia, mas essa publicação busca expor também a opinião dos próprios chineses sobre sua imprensa e governo. Esta edição faz parte de uma série de reportagens que prossegue até julho, totalizando 5 matérias. A iniciativa da revista ajuda o leitor a entender a diferença de valores e atitudes dos chineses. Por fim, questionamos se o modelo de mídia adotado no ocidente não precisa também ser julgado. Pois não somos, como imaginávamos, um exemplo para a China.

O país está em um ótimo momento, assume um papel protagonista no cenário internacional e impulsiona os indicadores econômicos globais, mas ainda se mantém inflexível quanto a participação do Estado em todas as esferas e setores nacionais. Os chineses acreditam que o grande desafio nesse momento de transição do país é conseguir com que o ocidente se adapte e aceite a China. Para a população, já existe uma mudança na imprensa nacional e essas transformações as vezes passam despercebidas pelos ocidentais. Um dos entrevistados pela revista, Zhu Shouchen, da All-China Journalists Association, resume: "os jornalistas têm mais liberdade de expressão, sim, mas carregam em seus ombros a responsabilidade pelo desenvolvimento do povo e estabilidade do país.

Os efeitos do desenvolvimento econômico no país atingem o setor de mídia que, apesar de ser predominantemente estatal e altamente regulado, apresenta indicadores positivos. A contribuição para este resultado vem do rápido desenvolvimento da economia chinesa, que alavancou um enorme desejo da população em se informar.


Apesar das fortes evidências de desenvolvimento no setor das comunicações do país, a China ainda esbarra na questão motora para a progresso de um bom jornalismo: liberdade de expressão. "Os jornalistas enfrentaram muitos obstáculos em 2009, cofrontando atos de violência, a destruição de material e equipamento, a privação de acesso a espaços públicos, a vigilância e repressões", afirma a Federação Internacional dos Jornalistas para a Revista Imprensa.

28 de mar. de 2010

E o espetáculo contiua ...



Domingo espetacular apresentou hoje por volta das oito horas da noite a cobertura do último dia do julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Além das cenas de revolta e protesto contra o casal por parte da população que estava presente do lado de fora do fórum de Santana, foi mostrada uma entrevista com a perita Rosângela Monteiro, bastante esclarecedora no que diz respeito as provas responsáveis pela condenação dos réus. No entanto, cenas desnecessárias de fotos da mãe de Isabela com a filha, e uma entrevista que foca Ana Carolina de Oliveira dizendo que ficará sempre um vazio e que a vida não será mais a mesma sem Isabela, demonstra que mais do que informar o resultado final do julgamento e as provas que os condenou, a mídia quer explorar e espetacularizar a vida e o sentimento de perda da família da menina. Como se não bastasse a espetacularização feita desde o acontecimento, hoje, ainda contiua.

23 de mar. de 2010

CQC mostra mais uma vez como é possível juntar jornalismo e humor inteligente!!

Imagem: marcelotas.blog.uol

Foi de grande repercussão a matéria de ontem (22/03) do CQC “Proteste Já”. Ela mostrou algo que já vem sendo mostrado pelo programa, é possível juntar jornalismo com humor inteligente! Para quem não viu ou não conhece o quadro, explico: o quadro “Proteste já” é um quadro em que o repórter mostra alguma coisa que está ocorrendo de forma errada, a maioria das vezes mostra alguém tentando levar vantagem em cima de algo, mostram o famoso “jeitinho brasileiro”. Na edição de ontem, a história contada foi a seguinte: em dezembro Danilo Gentilli foi fazer uma doação de uma televisão de LCD para uma escola pública, e para garantir que ela chegaria em seu destino, colocou um aparelho GPS com alarme, que diria exatamente onde está a televisão. E a suspeita deles se tornou verdadeira, a televisão foi extraviada, estava na casa de uma funcionária.

A matéria já estava famosa mesmo antes de ir para o ar, pois sofreu uma censura prévia, era para ter feito parte da edição de estréia da semana passada. E é claro que os meninos do CQC aproveitaram isso para zoar mais ainda o ocorrido. Com muita ironia e classe Danilo Gentilli e Rafinha Bastos contaram a história fazendo questão de mostrar todos os detalhes e nomes completos de todos os envolvidos. Falando com as pessoas com muita calma, e muitas vezes “se fazendo de bobos”, conseguiram deixar inclusive o prefeito de Barueri fora do sério, ele xingando os integrantes do CQC de babacas e depois tentando se redimir fez exatamente o que o CQC queria, que eles se contradigam até ficarem muito nervosos e se entregarem.

O CQC é um programa que faz o que muitos brasileiros gostariam de fazer, colocar os políticos em situações humilhantes e contraditórias, em que pelo menos nesses casos eles não conseguem enganar o povo, e levam, mesmo que pequeno em comparação com o que fazem, um castigo moral. Acredito que seja essa a forma do sucesso de programas como o CQC, mostrar que mesmo com a impunidade com os políticos, nós continuamos sabendo que o que eles fazem é errado, e uma hora serão punidos, de uma forma ou outra, que a justiça ainda prevalecerá, e fazem isso com muito bom humor!

22 de mar. de 2010

Qual o tipo de jornalismo você valoriza?


Publicada no site Meio e Mensagem no dia 17 de março, a matéria "Jornalismo com Paixão, the Obama-Way" contribui para pensarmos no modelo de jornalismo da atualidade. Fundador do Chicago News Cooperative, James O´Shea criou um novo projeto para resolver os problemas advindos da falta de publicidade e queda nas vendas dos impressos. Ele acredita que a mídia não necessita ser financiada totalmente pela publicidade. Assim, foi criado o Jornalismo de Serviço Público, uma equipe de repórteres investigativos destinada a ir atrás dos fatos, apurar a atuação dos governantes e verificar as verbas governamentais. O público que acreditar nesse serviço irá pagar US$ 2 por semana para financiar a operação.

De acordo com Jim, o direcionamento dos meios de comunicação está errado. As pessoas não estão dispostas a pagar por notícias online, mas poderão pagar por um tipo de jornalismo que valorizem. As constatações de Jim podem estar certas. Segundo um estudo feito pela Nielsen com 27 mil pessoas, de 52 países, a maioria das pessoas ainda são contra a cobrança pelo acesso online às páginas de jornais e revistas. A pesquisa tinha como objetivo descobrir como que o público leitor concebe a possível ideia de mudança no fornecimento de conteúdo. Apenas um terço dos entrevistados respondeu que aceitaria desembolsar alguma quantia para acessar um conteúdo jornalístico na web.

Os veículos de comunicação impressos estão buscando alternativas para sanar o déficit
orçamentário, agravado pela crise americana de 2008. Por isso, discutir essa questão torna-se tão importante ultimamente. O modo de fazer jornalismo está em debate, e isso pode gerar grandes alterações para o público. A mídia precisa auxiliar o leitor a entender a situação. A diversidade de suportes para divulgar um conteúdo jornalístico, não transforma apenas o formato e produção do jornal, acarreta, também, modificação na maneira do público relacionar-se com a mídia.

21 de mar. de 2010

Mais debates para as eleições 2010

Imagem: Reuters


A Folha de S. Paulo deste domingo (21/03) vem com matérias e colunas sobre as eleições de 2010. Logo no editorial é firmada a opinião do jornal, favorável ao livre debate no período em que antecede a formalização da disputa eleitoral. É inevitável frear o início das campanhas políticas ou interpretar quais são as atitudes que comprovam o interesse eleitoral. A Justiça Eleitoral não permite a antecipação das campanhas, em função do calendário da campanha oficial. A legislação em vigor deve ser cumprida, porém são várias as frestas que se abrem diante de determinações que não correspondem com a natureza da vida política. Os políticos utilizam esse período como palanque para divulgar suas promessas, ao invés de contribuirem para o esclarecimento da população.

O texto que abre o jornal é coerente e sensato nos conceitos que prega. Porém, é a coluna de Emílio Odebrecht que dá o tom democrático que a Folha busca. "A televisão e a políca" mostra a necessidade de aproximação dos candidatos com o eleitorado. A televisão é um importante meio para difundir informação, porém não tem o mesmo impacto que os discursos corpo a corpo, em que as vaias e os aplausos dos ouvintes interagem com as frases dos candidatos. As reações do eleitorado autenticam um discurso real. E, é essa aproximação, que identifica e qualifica com maior precisão os deslizes e acertos daqueles que prometem melhorias para o país.

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