Não vou começar falando sobre um determinado programa, revista, site ou jornal. Vou usar este post para mostrar que desta vez as atenções estão voltadas para a Internet e mais ainda para o jornalismo filantrópico.
Pela primeira vez, uma organização de notícias na Internet que trabalha com um jornal ganhou o prêmio Pulitzer, na segunda-feira (14/02). O ProPublica, organização sem fins lucrativos, levou o prêmio por "The deadly choices at memorial", sobre as polêmicas mortes em um centro médico de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina. Para causar um maior impacto na publicação das suas histórias, a ProPublica busca parceria com mídias tradicionais que possam aumentar o impacto na audiência de interesse.
O prêmio tem como objetivo homenagear as melhores reportagens, obras literárias e musicais do último ano. Um júri de 102 pessoas seleciona os melhores desses trabalhos publicados nos EUA. Para jornalismo, são destinadas 14 categorias, no total de 21, que são: serviço público, notícia de última hora, editorial, crônica, crítica, jornalismo local, nacional e internacional, reportagem de investigação, de divulgação, fotográfica e de fundo, fotografia de última hora e vinheta ou caricatura editorial.
Alguns sites que deram destaque para a notícia:
http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2010/04/12/site-de-noticias-ganha-premio-pulitzer-pela-primeira-vez-916320076.asp
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,roubem-nossas-historias,539631,0.htm
O resultado gerou reação nos meios de comunicação, como o programa "Manhattan Connection" (um dos programas mais interessantes da tv, mas que vou deixar para falar mais no próximo post), exibido aos domingos no canal GNT. O assunto foi um dos temas mostrados no dia 18/04 pelos apresentadores Lucas Mendes e Caio Blinder, de Nova York, e Diogo Mainard e Ricardo Amorin, no Rio de Janeiro. Mainard acredita que o futuro do jornalismo investigativo, a exemplo do premiado site ProPublica é ser filantrópico, porém não como foi questionado por Lucas Mendes, com jornalistas que trabalham de graça.
A tendência do jornalismo é que as pessoas não paguem mais para ter acesso a algumas áreas,como o jornalismo investigativo, mais que continua sendo muito importante. Uma empresa com fins lucrativos dificilmente se interessaria em financiar um negócio deste, caro e que depende de tempo. Com isso, abre espaço para a filantropia, que começa a ganhar espaço principalmente nos EUA.
E você, o que acha dessa ideia de filantropia no jornalismo investigativo?